quarta-feira, 17 de junho de 2015




Linhas de moagem, lavagem e descontaminação de PET

As linhas de moagem, lavagem e descontaminação de PET começaram a ser comercializadas no Brasil em meados de 1995.
O grande "boom" deste mercado começou a ocorrer em meados de 1999, época em que aumentou em muito o número de linhas de lavagem e descontaminação de PET.
Assim como no caso dos outros plásticos o PET é coletado na sua grande maioria j
unto a sucateiros, que normalmente por falta de uma política adequada aos resíduos ainda os retiram de lixões.
Como qualquer material, as condições de obtenção do material que se pretende moer e lavar, influência muito na qualidade final do produto.
Existem também as chamadas "reverse vending machines", que são máquinas onde pode-se depositar as garrafas PET vazias trocando-as por cupons que dão direito a um determinado valor.
As RVM's são consideradas uma grande promessa no mercado de coleta de materiais pois podem ser colocadas em postos de gasolina, supermercados, shopping center's, etc.
O grande problema da reciclagem do PET ainda reside na coleta incipiente do material.
Segundo a ABEPET - Associação Brasileira dos Fabricantes  de Embalagem de  PET, que congrega também os recicladores, a reciclagem tem alcançado índices muito satisfatórios dada as dificuldades apresentadas.
Troca de garrafas por bônus

De acordo com informações divulgadas pela ABEPET o Brasil reciclou em 1999 50 mil toneladas de PET, contra as 40 mil de 1998.
Porém ainda estamos longe de resolver o problema do descarte adequado deste material.
A associação através de uma série de iniciativas busca insistentemente equacionar este problema, ajudando a promover a coleta e desenvolver projetos que beneficiem a reciclagem do PET.
Apresentamos a seguir uma linha básica de reciclagem de PET, bem como a descrição do processo; e o esquema apresentado serve como modelo nas principais recicladoras espalhadas pelo País. É certo que alguns fogem deste Layout e acabaram adequando os seus processos em função da qualidade do material recebido.
Ao material obtido após este processo damos o nome de "flake",  são pequenos flocos de PET que posteriormente serão reutilizados na cadeia de transformação.

Fardos de PET

Segundo dados da ABEPET, os produtos obtidos a partir do PET em flakes e percentual de aplicação de materiais reciclados estão assim divididos:41% (fibra de Poliéster)
16% (não tecidos)

15% (cordas)
10% (resina insaturada)


Esquema de funcionamento básico de uma unidade de moagem, lavagem e descontaminação de PET:


1-O PET chega em fardos que são desfeitos e depositados na esteira de entrada
2-Passa por uma peneira rotativa, normalmente com utilização de água. (separa pedras e outras sujeiras menores)
3-Passa por uma esteira de separação, onde é feita uma inspeção visual.
4-Em seguida é feita a primeira moagem no material de onde é extraído, para em seguida passar aos tanques.
.
5-Nos tanques separam-se os rótulos e tampas; e o material passa por uma descontaminação.
6-É feita uma segunda moagem passando o material por um lavador e secador, em seguida passando para o silo de onde é retirado em "big-bags", estando pronto para ser granulado ou enviado para outras indústrias.

O material coletado nem sempre é de boa qualidade
O preço das linhas de lavagem e moagem de PET  varia de fabricante para fabricante principalmente em função do processo adotado por cada um.
Na hora de desenvolver seu projeto atente para estes detalhes e procure visitar os clientes de cada fabricante.
O acabamento, espessura do material, robustez, qualidade dos periféricos também faz diferença no projeto pois determinam o tempo de vida útil do equipamento.

Esteja atento a todos estes detalhes.
As linhas de PET são caras em função da quantidade de equipamentos que oferecem.
A primeira vista podem parecer exageradas, porém sem
estes equipamentos as linhas oferecerão pouca ou quase nenhuma flexibilidade, além de comprometer a qualidade
do material.
O PET já é considerado um "commodity" sendo principais fatores de competitividade, produtividade e preço.
Sendo assim procure investir em equipamentos que tenham o máximo de automatização propiciando
a maior produção possível.
A maioria das linhas está projetada para capacidades entre 500 e 600 kg por hora, que definem uma produção média de aproximadamente 100 toneladas/mês de material.
O PET começa a demonstrar toda sua rentabilidade a partir de 100 toneladas/mês, e assim como
o que acontece com linhas de revalorização de outros tipos de plásticos, o ideal é pensar em um negócio que preveja a granulação do material, que no caso do PET é mais cara ainda devido ao processo de secagem do material.

     Dicas para quem quer montar um negócio como este: Clique Aqui
Pesquisar na sua região em todos os órgãos governamentais ligados a área e indagar sobre programas de coleta de onde você possa comprar seu material
Desenvolver parcerias com Ong's e Empresas privadas
Desenvolver canais de compra de material em outras regiões
Desenvolver seu próprio programa de coleta
  

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